uma caixa de livros
hoje começa uma nova etapa do prémio Daniel Faria. chegou o caixote com os originais. agora é tempo de leitura. espero que o próximo vencedor seja tão bom e feliz como o Rui Costa, com a sua "Nuvem prateada das pessoas graves". o Rui é um dos finalistas, na secção de poesia, na eleição dos melhores de 2005 realizada pelo programa Livro Aberto, do Francisco José Viegas, e do Mil Folhas. amanhã é conhecido o resultado. por agora fica a voz do Daniel a consertar palavras.
"Conserto a palavra com todos os sentidos em silêncio"
"Conserto a palavra com todos os sentidos em silêncio
Restauro-a
Dou-lhe um som para que ela fale por dentro
ilumino-a
Ela é um candeeiro sobre a minha mesa
Reunida numa forma comparada à lâmpada
A um zumbido calado momentaneamente em enxame
Ela não se come como as palavras inteiras
Mas devora-se a si mesma e restauro-a
A partir do vómito
Volto devagar a colocá-la na fome
Perco-a e recupero-a como o tempo da tristeza
Como um homem nadando para trás
E sou uma energia para ela
E ilumino-a"
Daniel Faria, "Homens que são como lugares mal situados"
"Conserto a palavra com todos os sentidos em silêncio"
"Conserto a palavra com todos os sentidos em silêncio
Restauro-a
Dou-lhe um som para que ela fale por dentro
ilumino-a
Ela é um candeeiro sobre a minha mesa
Reunida numa forma comparada à lâmpada
A um zumbido calado momentaneamente em enxame
Ela não se come como as palavras inteiras
Mas devora-se a si mesma e restauro-a
A partir do vómito
Volto devagar a colocá-la na fome
Perco-a e recupero-a como o tempo da tristeza
Como um homem nadando para trás
E sou uma energia para ela
E ilumino-a"
Daniel Faria, "Homens que são como lugares mal situados"
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